Memórias de uma época - III

20091229

Cultura e instituições afetam a saúde

A saúde da população depende mais da qualidade de vida do que da qualidade de seu sistema sanitário.


Os sociólogos Peter A. Hall e Michele Lamont (2009), da Universidade de Harvard (Estados Unidos), estudaram durante três anos os marcos culturais e as práticas institucionais que estruturam a vida cotidiana e influem na saúde da sociedade. Os resultados da pesquisa, que envolveu diversos sociólogos especializados (epidemiología, psicología e ciências políticas), foram tratados em ensaios e reunidos em um livro sob o título Successful Societies. How Institutions and Culture affect Health – Sociedades exitosas. Como as instituições e a cultura afetam a saúde.

Os autores confirmaram duas hipóteses: i) a saúde da população depende menos da qualidade de seu sistema sanitário do que da qualidade de vida cotidiana dos indivíduos que a compõem; e ii) o êxito ou o fracasso das iniciativas de saúde pública de qualquer sociedade dependem tanto de fatores sociais e culturais como de médicos, recursos e medicamentos.

No livro, além de analisar os temas mais relevantes da saúde pública contemporânea (versus recursos econômicos), os autores vão mais além e deixam expostos os fatores sociais e culturais que afetam a saúde, como os efeitos das redes sociais (na redução dos fatores estressantes, violência etc.) e a deterioração da vida cotidiana, entre outros.

Para Hall & Lamont (2009), a cultura, as crenças religiosas (que ajudam as pessoas a enfrentar a vida) ou o sentimento de identidade coletiva ainda não são levados em conta pela maioria dos epidemiólogos, quando analisam a saúde pública.

O assunto no Brasil

Um artigo de revisão sobre determinantes sociais da saúde (DSS) foi realizado por Buss & Pelegrini Filho, em 2007. Nesse trabalho, alémm de estudar a evolução dos DSS, os autores tentam mobilizar os setores de saúde e a sociedade para o debate sobre as “iniqüidades em saúde”:
Nas últimas décadas, tanto na literatura nacional, como internacional, observa-se um extraordinário avanço no estudo das relações entre a maneira como se organiza e se desenvolve uma determinada sociedade e a situação de saúde de sua população.

Esse avanço é particularmente marcante no estudo das iniqüidades em saúde, ou seja, daquelas desigualdades de saúde entre grupos populacionais que, além de sistemáticas e relevantes, são também evitáveis, injustas e desnecessárias.

(BUSS, Paulo Marchiori; PELLEGRINI FILHO, Alberto. A Saúde e seus Determinantes Sociais. PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 17(1):77-93, 2007)

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20091214

O número da beleza universal

φ

Faz parte do desenvolvimento humano conhecer os elementos essenciais da identidade (com o máximo de itens físicos e imateriais) e sua localização no mundo (que também pode ser aperfeiçoada com conhecimentos adquiridos em suas vivências e estudos). Assim é que se chega à percepção do que somos, de onde teríamos vindo e para onde iremos, agora, hoje, amanhã ou após a morte.

Estava procurando uma solução para essas questões e passei a observar os padrões da natureza e as suas proporções mais perfeitas, que se repetem no Cosmos, no Universo, na Via-Láctea, no Sol, na Terra, onde estamos, no DNA e na natureza em geral. Verifiquei que os construtores de templos, especialmente os antigos, que erigiram os Zigurats dos Sumérios, as Pirâmides (egípcias, astecas e maias), bem antes do Parthenon grego, entre outras maravilhas do mundo, observavam essa mesma proporção perfeita, calculada pela fórmula: 1+ raiz quadrada de 5, dividido por 2 = 1,61803398874... atribuída indevidamente ao escultor grego Fídias, que apenas popularizou o número entre os gregos e romanos.

Proporção áurea

Apelidada de Phi φ (vigésima-primeira letra do alfabeto grego) - uma constante real algébrica irracional ou transcendente cujo valor foi arredondado para 1,618 - este número, ficou conhecido por vários nomes: proporção áurea, número de ouro, número áureo, proporção dourada, seção áurea, razão áurea, razão de ouro, divina proporção, proporção em extrema razão e divisão de extrema razão, entre outros.



Estes vídeos com textos do professor Luiz Barco (Arte e Matemática, TV Cultura) e apresentadora anônima, esclarecem bem o que é o Phi (φ).

Veja muitos outros usos desta proporção (φ), no site GoldenNumber.net

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20091207

Arte da fumaça



Este é um tipo muito peculiar de escultura. Foi feita pelo engenheiro elétrico turco Mehmet Ozgur, que adotou a fotografia como hobby, dedicando-se a registrar cenas de fumaça. Sua técnica consiste em utilizar incenso e nitrogênio líquido para compor imagens depois sobrepostas em camadas até adquirir a forma desejada.

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20091127

O muro de Peñalolén

Grafiteiros, estencileiros e muralistas  expressam suas visões pela paz, o desarmamento e o repúdio às diversas formas de violência.

Artistas de várias partes do mundo, principalmente de Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Costa Rica, Espanha, França e Paraguai, estiveram presentes em Peñalolén, região metropolitana de Santiago, capítal do Chile, para realizar um projeto digno do Livro do Guiness. O evento fez parte do programa “Mundo sin Guerras”, desenvolvido entre os dias 13 e 15 últimos, por voluntários.

Sob um sol abrasador, cerca de 1.000 artistas, em sua maioria jovens grafiteiros, estencileiros e muralistas, dedicaram-se a expressar, em pínturas, as suas idéias sobre a paz, o desarmamento e o repúdio às diversas formas de violência. Durante três días, eles cobriram o maior muro da capital chilena (com 1.800 metros) – talvez o maior do mundo – transformando-o num manifesto pela paz mundial.



Os motivos das pinturas e desenhos refletem a linguagem particular do muralismo contemporâneo e as visões que os artistas de rua têm da paz e da violência: violência das armas, destruição do meio ambiente, esperança do amor contra o isolamento urbano, repúdio ao armamento nuclear, intolerância racial etc.

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